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Spitfire LF Mk IXc

Se há nomes que todos conhecem no mundo da aviação, seja ela real ou simulada, Spitfire é um deles! Podíamos estar aqui horas a descrever a história, a importância que teve na 2ª Guerra Mundial assim como nas décadas seguintes quando muitos países adotaram esta icónica aeronave na defesa dos seus territórios ou até como influenciou o desenho de outros aviões que o precederam. Tudo isso merece ser escrito ou lido, mas não aqui nem agora!

Uma coisa é certa: quando R. J. Mitchell da Supermarine Ltd. começou a esquissar esta aeronave no seu estirador na década de 30 do século passado, o céu jamais seria o mesmo! E o mesmo aconteceu ao MSFS2020 quando a FlyingIron Simulations decidiu trazer para este simulador esta magnifica aeronave.

O desenho do Spitfire é bastante conhecido, com as sua asas elípticas, o cockpit envidraçado e com o seu nariz comprido e afiado. O modelo 3D do exterior assim como o do interior está bastante detalhado e fiel ao modelo real, pelo que se nota que a FlyingIron Simulations teve imenso cuidado na sua criação. Ao longo de toda a fuselagem é possível ver inúmeros pormenores detalhadamente cuidados e que merecem ser dignos de realce, nomeadamente os rebites, o trem de aterragem, as entradas e saídas de ar junto dos radiadores, assim como as texturas criadas de forma excelente.

Isto não cospe fogo… cospe prazer!

No interior, o cockpit foi criado ao detalhe e merece ser examinado e apreciado antes de iniciarmos os procedimentos para descolarmos. Os parafusos, os rebites, as tubagens, os botões foram modelados com extremo cuidado e atenção. Quanto às texturas, também aqui podemos verificar que foram criadas com o objetivo de transmitir o máximo de realismo possível que poderemos ter neste simulador. A sensação de imersão é completa e bem realista! Parabéns equipa! E tudo isto sem impacto nos fps do simulador! Bravo!

A bitch in the ground, a lady in the air!

Após realizarmos todos os procedimentos para iniciarmos a rotação do motor e dirigimo-nos até à pista para descolar, começa aqui o primeiro grande desafio de voar este avião! Este Spitfire possui um motor Rolls-Royce de grande potência e torque e que se sente logo que aumentamos o throttle. Para se conseguir descolar na perfeição (ou perto dela) convém usar com sensatez o rudder: entre 1 e 6 graus, dependendo da potencia que se aplica. Mesmo assim preparem-se para conhecer os limites da pista e todas as ervas que a rodeiam!

Mas deixo-vos outro aviso importante: cuidado com os travões. Se apertarem demasiado, passarão a conhecer de perto a constituição do pavimento da pista porque o Spitfire tem uma tendência para afocinhar e destruir a hélice.

Após descolarmos, este avião é uma beleza! Possui uma excelente manobrabilidade e sensação de voo, pelo que a imersão é garantida assim como o prazer de voar (em simulador). A FlyingIron Simulations teve a preciosa colaboração de alguns pilotos no desenvolvimento do seu produto para que este fosse o mais real possível e o resultado está à vista. Muito bom!

No ar, a velocidade indicada é medida em milhas ao estilo da velha oldschool inglesa, por isso não se deixem enganar e façam a vossa matemática!  Para uma melhor otimização do combustível deveremos voar entre as 170-200 mph.

Quanto ao som dos Rolls-Royce também este foi bem trabalhado, mas obtiveram já um pequeno update para os tornar ainda melhor pois notava-se umas pequenas falhas, mas nada de grave!  

O armamento deste Spitfire também foi modelado, pelo menos quanto às metralhadoras bem visíveis nas asas, avisando todos os inimigos para a quantidade de insana de fogo que iriam sofrer, mas estas não estão funcionais devido ao SDK do simulador. Isto é um simulador de voo não de guerra! Este Spitfire não cospe fogo… mas cospe um enorme prazer ao voar!

Na altura de regressar ao solo, deveremos voar no máximo a 160 mph antes de utilizarmos os flaps e de baixar o trem de aterragem. Os flaps provocam uma grande desaceleração e será normal sentirem o Spitfire a afocinhar rapidamente que nem um cão de caça a farejar a sua presa.

O touchdown deverá ser feito entre os 65-80mph já com flaps e após sentir o chão, o uso do rudder deverá ser feito com moderação, caso contrário está garantido uma visita às ervas. Assim que chegamos às 50 mph, o stick deverá ser puxado totalmente para trás. Isso aumenta a força descendente na cauda e ajuda a manter a estabilidade ao rolar pela pista. O uso eficaz desta técnica pode criar uma “trava da roda traseira” aerodinâmica e ajudar a mantê-lo em linha reta na pista.

O Spitire LF Mk IXc está perto da perfeição, contudo existem alguns pontos que merecem ser melhorados e a equipa da FlyingIron Simulations sabe disso, pois com o atual SDK do MSFS2020 não é possível fazer muito mais. Isso também está bem descrito no manual do produto. Aguardaremos o futuro, pois ele será risonho!

Mas isso tirará o prazer de voar com este avião? Claro que não! Tal como já referi a modelação 3D é excelente assim como as texturas e se juntarmos um modelo de voo muito próximo do real, então sentirão muito gozo voar junto dos White Cliffs of Dover, sobre o Canal da Mancha a caminho da Normandia ou noutra qualquer parte do globo. E se querem ainda mais prazer, juntem uns amigos e voem em formação pois o voo em multiplayer é fantástico! Já há grupos no FB ou Discord a proporcionar isso…

Resumindo: é impossível ficar indiferente a este avião, seja no real ou no simulador, pelo que tê-lo no nosso hangar (virtual) é quase obrigatório! Não é perfeito, mas está quase lá… mas será que existe perfeição? Com o Spitfire LF Mk IXc da FlyingIron Simulations o prazer de voar está garantido seja sozinho ou com os amigos.

 

Aspetos menos positivos:

Alguns flashes nos vidros (limitação do SDK do simulador);

Faltam alguns sons interiores;

Não se pode fixar a roda de cauda;

Transição do combustível entre tanques;

O rádio não está completamente operacional;

Alguns sistemas não funcionam devido ao SDK;

 

Aspetos positivos:

Excelente modelação 3D e texturas muito cuidadas e reais;

Modelo de voo muito real;

Frame rate friendly;

Disponível com as versões de asa elíptica e clip wings;

Grande quantidade de livraries disponível;

Fácil personalização de pinturas;

Grande prazer de voo;



Sabias que …

Umas das principais contribuições deste icónico avião para a vitória dos Aliados na 2ª Guerra Mundial foram as missões de foto reconhecimento desde o início de 1941. O seu desempenho a grandes altitudes quase o tornavam imune fazendo dele uma valiosa aeronave. As metralhadoras e compartimentos de munições deram lugar a tanques de combustível aumentando desta forma o seu e permitindo que o Spitfire alcançasse Alemanha a partir das bases inglesas.

“é impossível ficar indiferente a este avião, seja no real ou no simulador, pelo que tê-lo no nosso hangar (virtual) é quase obrigatório! – Rui Silva

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